Taz & Eu
16:09:00Estava em meu estado de "acordamento" quando minha esposa, já pronta pra ir trabalhar, se sentou ao meu lado na cama. Fitei seu rosto e sua expressão me dizia muito mais que um simples "bom dia".
- O que foi? - Perguntei já esperando o que seria.
- Acho que o Taz está morrendo. - Respondeu-me com muita dor em cada letra pronunciada.
Senti um alívio imediato!
Não queria que ele morresse longe de mim, como foi com a Nikita, falecida há pouco mais de um mês em sua "gaiola" no hospital veterinário.
Levantei da cama em um salto e não me lembro na verdade do que fiz depois, só lembro da hora em que fui até o jardim e o vi olhando pra mim como se me perguntasse o que estava acontecendo. Respirei fundo e fui até ele... hum ... ele já não conseguia mais abanar o rabo...
Vi minha esposa se despedir de mim dizendo palavras que meu cérebro sequer as percebeu no momento. E ficamos só nós dois, como deveria ser, eu e o Taz.
Não havia nada de bonito na cena diante de meus olhos...
Ele havia defecado sangue a noite toda em sua casinha e em suas patas traseiras. Muito dinheiro e tempo foi gasto nessa luta contra o câncer, mas pelo visto estávamos bem próximos de perder a guerra. Mas não faltou carinho, não faltou amor e com certeza não faltou força da parte dele.
...
Falar do Taz era o mesmo que falar de força e carinho.
Ninguém acreditará mais quando eu contar sobre as loucuras que ele fazia...
Lembro dele voando por muros de 4 metros, andando de lado no alto de uma parede inteira, levantando um Fila (cão) que tinha o triplo de seu tamanho só pra proteger meu irmão...
...
Tirei ele de sua casinha com todo o cuidado e comecei a limpá-lo. Já não segurava mais as lágrimas que rolavam pelo meu rosto como um temporal. Limpava suas patas traseiras enquanto ele me olhava nos olhos, talvez me pedindo que fizesse alguma coisa, mas eu nada podia fazer, a não ser estar com ele enquanto sua vida se esvaía.
Entendi o porquê dos autores dizerem: "A vida se esvaía de seus olhos".
Vi sua vida indo embora e só conseguia acariciá-lo, chorar e pedir desculpas.
E assim ele foi embora. Não foi bonito. Não foi leve. E sim, ele sofreu um bocado.
Depois disso não sei o que fiz, pois quando dei por mim estava na varanda acabando com meus punhos contra a parede.
O que fazer?!
Chorei tudo o que tinha dentro de mim, respirei fundo e me fortaleci para continuar a limpá-lo, limpar sua casinha e levá-lo ao hospital veterinário para que dessem um destino ao corpinho dele já sem vida, frio... e limpo. Hehehe
Poxa João! Que texto mais melancólico! Era só um cachorro!
Sim. Era só um cachorro e com certeza a vida me trará dores muito mais insuportáveis.
Mas além de ser só um cachorro, ele era meu amigo.
"Quanto mais conheço as pessoas, mais amo meus cães."
A cena que fica não é a de sua morte e nem as de demonstrações de força bruta... a cena que fica é de você carregando seu osso gigante pela casa, com a bundinha empinada, todo metido. Só duas pessoas no mundo inteiro têm essa cena, portanto sou um privilegiado que jamais esquecerá.
Obrigado.
- O que foi? - Perguntei já esperando o que seria.
- Acho que o Taz está morrendo. - Respondeu-me com muita dor em cada letra pronunciada.
Senti um alívio imediato!
Não queria que ele morresse longe de mim, como foi com a Nikita, falecida há pouco mais de um mês em sua "gaiola" no hospital veterinário.
Levantei da cama em um salto e não me lembro na verdade do que fiz depois, só lembro da hora em que fui até o jardim e o vi olhando pra mim como se me perguntasse o que estava acontecendo. Respirei fundo e fui até ele... hum ... ele já não conseguia mais abanar o rabo...
Vi minha esposa se despedir de mim dizendo palavras que meu cérebro sequer as percebeu no momento. E ficamos só nós dois, como deveria ser, eu e o Taz.
Não havia nada de bonito na cena diante de meus olhos...
Ele havia defecado sangue a noite toda em sua casinha e em suas patas traseiras. Muito dinheiro e tempo foi gasto nessa luta contra o câncer, mas pelo visto estávamos bem próximos de perder a guerra. Mas não faltou carinho, não faltou amor e com certeza não faltou força da parte dele.
...
Falar do Taz era o mesmo que falar de força e carinho.
Ninguém acreditará mais quando eu contar sobre as loucuras que ele fazia...
Lembro dele voando por muros de 4 metros, andando de lado no alto de uma parede inteira, levantando um Fila (cão) que tinha o triplo de seu tamanho só pra proteger meu irmão...
...
Tirei ele de sua casinha com todo o cuidado e comecei a limpá-lo. Já não segurava mais as lágrimas que rolavam pelo meu rosto como um temporal. Limpava suas patas traseiras enquanto ele me olhava nos olhos, talvez me pedindo que fizesse alguma coisa, mas eu nada podia fazer, a não ser estar com ele enquanto sua vida se esvaía.
Entendi o porquê dos autores dizerem: "A vida se esvaía de seus olhos".
Vi sua vida indo embora e só conseguia acariciá-lo, chorar e pedir desculpas.
E assim ele foi embora. Não foi bonito. Não foi leve. E sim, ele sofreu um bocado.
Depois disso não sei o que fiz, pois quando dei por mim estava na varanda acabando com meus punhos contra a parede.
O que fazer?!
Chorei tudo o que tinha dentro de mim, respirei fundo e me fortaleci para continuar a limpá-lo, limpar sua casinha e levá-lo ao hospital veterinário para que dessem um destino ao corpinho dele já sem vida, frio... e limpo. Hehehe
Poxa João! Que texto mais melancólico! Era só um cachorro!
Sim. Era só um cachorro e com certeza a vida me trará dores muito mais insuportáveis.
Mas além de ser só um cachorro, ele era meu amigo.
"Quanto mais conheço as pessoas, mais amo meus cães."
A cena que fica não é a de sua morte e nem as de demonstrações de força bruta... a cena que fica é de você carregando seu osso gigante pela casa, com a bundinha empinada, todo metido. Só duas pessoas no mundo inteiro têm essa cena, portanto sou um privilegiado que jamais esquecerá.
Obrigado.
3 comentários
Sou apaixonado por cachorros, já tive alguns pit bull e ja passei por algo parecido com o que você teve, é um sentindo ruim demais! de impotencia! ver seu amigo(cachorro) indo embora e nada poder fazer.
ResponderExcluircabe a nos carregar as melhores lembranças.. o engraçado é que me esqueço de muitas pessoas que passaram em minha vida.. mas dos meus cachorros.. NÂOO kkkk
"Quanto mais conheço os homens, mais eu gosto do meu cachorro"
abraço!
Poxa parece brincadeira...mas passei por isso ontem!
ResponderExcluirHaha, agora se não bastasse esse blog me ajudar a investir, agora me ajuda qdo estou na fossa por causa do meu cão que foi pro céu dos cachorrinhos (assim diz minha filha de 4 anos). O Bazooca (nome dele) faz mta falta, não só pelo tamanho mas pelo tamanho do carinho que tinhamos por ele...
Como o Igor disse: sensação de impotência é foda!
Pois é Ju. Fico feliz em ajudar de alguma forma nesse momento.
ResponderExcluirComo disse no post ...Era só um cachorro e com certeza a vida me trará dores muito mais insuportáveis.
Mas além de ser só um cachorro, ele era meu amigo...
Muitas pessoas não entendem, mas a gente se entende.
Abraço!
Escolha bem suas próximas palavras! hehehe
Brincadeirinha!