Administração Teórica Nas Pequenas Empresas
16:45:00Escreverei esse post no estilo de ideias soltas, podendo nem sequer concluí-lo, criando uma tentativa de ambiente colaborativo aqui mesmo.
Se existe uma coisa que aprendi na marra, é que teoria e prática são abordagens bem diferentes. Você estuda uma forma de se fazer as coisas, mas na prática alguns elementos variam mais rápido que uma nova edição ou uma nova teoria. E muitos desses elementos derivam de “incompetência interpessoal”, algo que jamais encontrará nas páginas de um livro, pois é única e cada um tem a sua.
Muito fácil estudar, ler bons livros, conseguir um diploma e após isso, ensinar a futuros empreendedores o que fazer.
Não me atirem pedras! Não sou contra os professores e palestrantes, até os invejo, pois preferiria ganhar a vida “falando” invés de “fazendo”.
Tudo bem! Sei que existem inúmeros professores e palestrantes que já ocuparam cargos de chefia em grandes empresas e isso é louvável, pois quanto maior a empresa, maiores são os recursos pelos quais um gestor é responsável.
Quero ver palestra ou aula é de alguém que começou algo do zero, sem quase nenhum capital e obteve sucesso. Isso não quer dizer que não quero assistir palestras e aulas sobre teorias eficazes.
O problema é que em grandes negócios, com grandes recursos, toda a teoria da administração cai como luvas, bastando, portanto que se tenha alguém capaz de usar a administração a favor da empresa. Já em pequenos negócios, os recursos são escassos, o nível de funcionários é totalmente proporcional aos salários, ou seja, bem baixos e o capital intelectual é quase que totalmente centralizado.
Como aplicar os fundamentos e ferramentas da administração, bem como termos modernos como “Liderança Colaborativa”, "Triple Bottom Line”, "Metacompetência", "Achatamento" e etc. em pequenos negócios?
Não dá!
Exceto que sua empresa seja em algum segmento de criação, como as agências de marketing, onde até os faxineiros estão sempre criando e com a cabeça aberta. Nos demais segmentos, onde o operacional tende a ser cada vez mais robotizado, não rola!
Por mais que professores, palestrantes e o SEBRAE possam me crucificar por isso, eu repito:
Não dá pra usar todos os fundamentos da administração em pequenas empresas!
Daí vocês pensam que criei esse post apenas para reclamar...
Não!
O chave é perguntar! Sempre! Perguntar e inverter!
Por quê uma empresa de criação consegue implementar diversas ferramentas administrativas e todos os demais termos e conceitos de gestão modernos?
Eles tentam manter sempre um ambiente criativo e colaborativo. Trabalha-se lá quem gosta de criar, criando!
Dessa forma, todos estão abertos a colaborar com qualquer novidade.
Então vem outra pergunta: Como fazer um cara que carrega caixas o dia inteiro gostar do que faz?
E claro que precisamos da colaboração dos outros sócios também, inclusive para aprovar mudanças e às vezes isso pode ser mais difícil do que mudar a cabeça do tal funcionário que carrega caixas.
Acaba que tudo fica mais burocrático na pequena empresa que na grande e o trunfo da pequena, ou seja, a agilidade nos processos se perde em meio às relações interpessoais.
Deu pra acompanhar o raciocínio?
Em resumo, quis dizer que enquanto não puder escolher sócios de cabeça aberta, ou pagar salários decentes pra gente competente, é impossível colocar toda a teoria em prática.
Mas não queria que esse assunto parasse por aqui. Será que consigo colaboradores aqui? Não tenha vergonha, escreva!
...
Se existe uma coisa que aprendi na marra, é que teoria e prática são abordagens bem diferentes. Você estuda uma forma de se fazer as coisas, mas na prática alguns elementos variam mais rápido que uma nova edição ou uma nova teoria. E muitos desses elementos derivam de “incompetência interpessoal”, algo que jamais encontrará nas páginas de um livro, pois é única e cada um tem a sua.
Muito fácil estudar, ler bons livros, conseguir um diploma e após isso, ensinar a futuros empreendedores o que fazer.
Não me atirem pedras! Não sou contra os professores e palestrantes, até os invejo, pois preferiria ganhar a vida “falando” invés de “fazendo”.
Tudo bem! Sei que existem inúmeros professores e palestrantes que já ocuparam cargos de chefia em grandes empresas e isso é louvável, pois quanto maior a empresa, maiores são os recursos pelos quais um gestor é responsável.
Quero ver palestra ou aula é de alguém que começou algo do zero, sem quase nenhum capital e obteve sucesso. Isso não quer dizer que não quero assistir palestras e aulas sobre teorias eficazes.
O problema é que em grandes negócios, com grandes recursos, toda a teoria da administração cai como luvas, bastando, portanto que se tenha alguém capaz de usar a administração a favor da empresa. Já em pequenos negócios, os recursos são escassos, o nível de funcionários é totalmente proporcional aos salários, ou seja, bem baixos e o capital intelectual é quase que totalmente centralizado.
Como aplicar os fundamentos e ferramentas da administração, bem como termos modernos como “Liderança Colaborativa”, "Triple Bottom Line”, "Metacompetência", "Achatamento" e etc. em pequenos negócios?
Não dá!
Exceto que sua empresa seja em algum segmento de criação, como as agências de marketing, onde até os faxineiros estão sempre criando e com a cabeça aberta. Nos demais segmentos, onde o operacional tende a ser cada vez mais robotizado, não rola!
Por mais que professores, palestrantes e o SEBRAE possam me crucificar por isso, eu repito:
Não dá pra usar todos os fundamentos da administração em pequenas empresas!
Daí vocês pensam que criei esse post apenas para reclamar...
Não!
O chave é perguntar! Sempre! Perguntar e inverter!
Por quê uma empresa de criação consegue implementar diversas ferramentas administrativas e todos os demais termos e conceitos de gestão modernos?
Eles tentam manter sempre um ambiente criativo e colaborativo. Trabalha-se lá quem gosta de criar, criando!
Dessa forma, todos estão abertos a colaborar com qualquer novidade.
Então vem outra pergunta: Como fazer um cara que carrega caixas o dia inteiro gostar do que faz?
E claro que precisamos da colaboração dos outros sócios também, inclusive para aprovar mudanças e às vezes isso pode ser mais difícil do que mudar a cabeça do tal funcionário que carrega caixas.
Acaba que tudo fica mais burocrático na pequena empresa que na grande e o trunfo da pequena, ou seja, a agilidade nos processos se perde em meio às relações interpessoais.
Deu pra acompanhar o raciocínio?
Em resumo, quis dizer que enquanto não puder escolher sócios de cabeça aberta, ou pagar salários decentes pra gente competente, é impossível colocar toda a teoria em prática.
Mas não queria que esse assunto parasse por aqui. Será que consigo colaboradores aqui? Não tenha vergonha, escreva!
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10 comentários
Mesmo nas empresas de segmento relacionado a criação (que estou envolvido) e que trabalham com web não dá para aplicar muitas das ferramentas tradicionais de administração e gestão de projetos por exemplo.
ResponderExcluirPois estas só funcionam no mercado tradicional, que é quando se tem um problema e uma solução bem definido, inclusive já sabendo seu público-alvo.
No caso por exemplo de startups web, é necessário adaptar-se de maneira que consiga crescer aprendendo (o conceito de lean startup) até finalmente encontrar seu product / marketing fit.
Com o caso destes negócios que você citou João a solução é basicamente a mesma ADAPTAR-SE.
É necessário ter visão para saber que um determinado sistema de administração que funciona em multi-nacionais provavelmente não funcionará em negócios menores.
Ou você quer aplicar six-sigma na quitanda do seu Manoel?
O cara que carrega caixas provavelmente só gostará do que faz se de alguma maneira conseguir encontrar valor naquilo que faz, não simplesmente recebendo o salário dele, mas realmente sentindo-se parte da empresa.
Sim, realmente é mais complicado de fazer este colaborador (o "carregador de caixas" citado por você) sentir-se parte do negócio como por exemplo um dos analistas de redes socias que trabalha numa startup ainda que ambos ganhassem no final do mês o mesmo salário.
Em resumo, é possível sim, mas é uma questão de como falar, como apresentar com cada um destes colaboradores de maneira a fazerem eles realmente se sentirem parte do negócio.
Boa Richard! Enriqueceu bem o post.
ResponderExcluirO lance é que para "ir se adaptando" gasta-se muito dinheiro e tempo.
Abraço!
"Administrar", é uma arte complexa e simples ao mesmo tempo. Da mesma forma que o sucesso de uma organizaão nem sempre está ligado a uma boa ou má administração. Administrar bem é necessário ter técnica, ética, prinípio e visão. A boa ou má administração define o tempo, a qualidade e o tamanho da organização. Existem empresas com um excelente nome, um péssimo faturamento, uma administração caótica e uma vida longa. Existem excelentes técnicos administradores no mercado trabalhando para terceiros porque não tem coragem para encarar o dasfio de montar uma empresa. E muitos outros, também competentes, que um dia tentaram montar seu próprio negócio e foram ao fracasso.
ResponderExcluirMontar : Ousadia, Sorte, Trabalho, Dinheiro e Dedicação.
Manter: Sorte, Trabalho, Dinheiro e Dedicação.
Crescer: Profissionalização (técnica), Qualificação, Competencia e Racionalização.
Continuidade: junte todos os fatores positivos anteriores e agregue: Ética, Principio e Poder.
Administração por técnica x Administração por prática x Administração por competencia x
Administração por excelencia. Este conjunto pode definir e sustentar o futuro de auma organização. Separadamente serão fatores que conduzem uma empresa ao marasmo,a estagnação e até mesmo à falência.
Que me perdoem se contráriei alguém, mas é uma tese que defendo. Em resumo concordo com os comentários anteriores.
Bela tese Virgilio. Quase perfeito!
ResponderExcluirAdorei as partes relacionadas ao crescimento e continuidade.
Abraço.
A administração é possível em qualquer empresa. Passamos a vida administrando, mesmo sem saber que o estamos fazendo. administramos nosso tempo, nossos recursos, nosso desenvolvimento,nossa família, e assim por diante. A teorias administrativas sevem como base para entendermos como devemos analisar o contexto, planejar desde formas de trabalho à redução de custos dentro do que esteja dentro do possível após a análise. Claramente que não se pode usar todas as teorias administrativas dentro de uma empresa, por isto o estudo da administração abrange diversas disciplinas como Recursos Humanos, Psicologia, Sociologia, Filosofia, Economia, Custos, Administração Financeira, dentre outras que em conjunto dão suporte ao administrador ter uma visão sistêmica em relação a diversos aspectos dentro da gestão. para cada segmento comercial, industrial e serviços, como também para cada porte de empresas a uma abordagem diferenciada, e uma diversificação na utilização de métodos.
ResponderExcluirMarli
Oi Marli!
ResponderExcluirConcordo com tudo que escreveu. Essa é a exata visão acadêmica da coisa.
Na prática todos nós administramos o tempo todo, mas o difícil é administrar bem.
Abraço.
Jão, acompanho seu blog e desta vez vou até ressuscitar o tópico ok.
ResponderExcluirConcordo com o que você disse, porém ficou uma ideia de que "empresas grandes são o solo fértil para as teorias administrativas".
Pelo que eu já li no blog, acredito que você não acredite 100% nisso, pois de fato é uma mentira. Digo com personalidade, pois trabalho no setor comercial de uma das maiores empresas do mundo (e conto os dias para abrir a minha micro..).
Eu penso da seguinte forma:
1) MPE: Como você disse, pode haver teoria mas o material humano é limitado, o que acaba limitando as possibilidades. Não vou prolongar aqui pois você já erudiu bem.
2) Grandes e multinacionais: são tantos processos que ninguém sabe quem escreveu e é tanta vaidade, aliada a AUSÊNCIA DA FIGURA DO DONO, que ninguém pode fazer algo muito diferente do usual. Quase que só há mudanças pesadas em cenários de crise. Além do mais, a distância quilometral entre suas autoridades não permite uma homogeneização das ideias, ou seja, vai ser difícil vestir a camisa em todo mundo que precisa assinar o papel da autorização.
3) Médias: É aqui onde eu vejo as reais oportunidades para mentes criativas. Há capital para investir, mão-de-obra presente, mas ainda assim existe um ou mais donos, tudo em um espaço geográfico relativamente limitado. É possível ter uma visão do todo, e por consequência aplicar ideias.
Eu vejo um movimento das Grandes em se modernizar, flexibilizando decisões razoáveis a nível regional. É quase que "quebrar uma Grande em várias Médias", descentralizando um pouco as decisões e abrindo um espaço um pouco maior para inovação e novas tendências. Se der certo em uma "média", espalha-se para a Grande.
Um abraço! Guido
achei aqui por acaso estava vendo outro assunto que não tem nada a ver com Administração, bom terminei meu curso em 2006, trabalhando na empresa que meu irmão tinha montado desde 2009 uma empresa de produtos de limpeza, logo que comecei a faculdade em 2003 de Administração vim trabalhar para meu irmão então pude apontar todas as falhas de um administrador sem noção nenhuma de administração apenas vontade mas que na pratica não funciona, a empresa dele foi a falência em 2007 desde então passei administrar sozinho a empresa até que em 2010 criei coragem e abri minha própria empresa como já conhecia as dificuldades de se administrar sem dinheiro o que não é impes-ilho para ninguém, pois hoje trabalho somente com o dinheiro dos meus fornecedores, é como uma bola de neve, tiro de um para pagar o outro isso não quer dizer que não tenho dinheiro guardado! para uma eventual falha nesta cadeia, nestes anos todos já consegui guardar algum dinheiro para alguma emergência se for preciso, com o tempo que trabalhei pude perceber o que vendia bem e o que não vendia também, então hoje procuro ter tudo aquilo que consigo vender rápido e tudo aquilo que não vou vender também mas em pequena quantidade, isso não aprendi na faculdade aprendi na prática, ainda não consegui ficar rico, mas graças a Deus tudo que quis comprar já comprei e paguei com dinheiro do meu negócio e sem muito esforço, mas uma coisa eu digo os fornecedores são tudo!!! procuro sempre paga-los em dia!! do mesmo jeito que gosto de receber dos meus clientes, então cheguei a uma conclusão de que você não precisa de muito dinheiro para manter um negócio funcionando basta trabalho, produtos bons e preços baixos, quando digo preços baixo são produtos baratos isso é que se vende, mas produtos com a mesma qualidade de marcas famosas... poque tenho produtos podemos dizer iguais mas um cuta R$ 10,00 a outra marca famosa custa R$ 20,00 qual você acha que vai vender primeiro? então desta forma estou conduzindo meu negócio e não tenho do que reclamar pago todas as despesas da minha firma em dia e da minha casa também e ainda compro tudo aquilo que tenho vontade mas sempre com responsabilidade sem comprometer meu negócio, e sempre que algum fornecedor começa a subir seus preços logo procuro outro fornecedor, porque o que se vende hoje são produtos mais baratos, claro que também vendo produtos mais caros só que são casos raros e pode levar até 6 meses para que isso aconteça por isso mantenho sempre em estoque uma peça apenas se vender peço de novo, então na dúvida opto sempre pelo menor preço!!!
ResponderExcluirBelo testemunho Adriano! É uma boa estratégia, essa que aprendeu na "guerra". Mas creio, que não há receita de bolo, o que funciona em um segmento, setor, uma empresa ou região, pode não funcionar em outros.
ResponderExcluirAbraço!
Você conseguiu em poucas palavras colocar o que eu sinto mas não conseguia me expressar de tal forma.
ResponderExcluirSinto toda essa pressão. Tenho ema empresa de porte pequeno com minha irmã e infelizmente não consigo colocar em prática os cursos que participo. Exceto um de controle financeiro. Esse eu coloquei em ação, mas so porque dependia 100% do meu trabalho. Tudo que depende de terceiros cai naquela situação de falta de motivação. Parabéns pelo texto.
Escolha bem suas próximas palavras! hehehe
Brincadeirinha!