História Dinheirologia

Era Uma Vez...

Nasci pobre! Bem pobre!
Em fevereiro de 1979. Essa foi a data em que tudo começou.
Se bem que ainda quando criança, soube que minha história começou um pouco antes, quando ainda estava no ventre de minha mãe.
Enquanto minha mãe me carregava, ainda dentro dela, uma vizinha muito mística disse a ela em um momento de "transe espiritual" que eu seria o herói da minha família. A palavra não era bem "herói", mas era algo parecido! Cresci lembrando disso e carregando esse fardo!
Moro em um bairro na periferia de Belo Horizonte, junto com meus pais, numa casa herdada dos meus avós. Meus pais sempre foram comerciantes e sempre acreditaram na força de seus trabalhos para vencerem na vida. Infelizmente não deu muito certo!
Para exemplificar o quanto fomos pobres, basta citar que não dormíamos em noites de fortes chuvas, pois temíamos perder nossos poucos bens em enchentes muito comuns na região. Lembro também de nossa primeira mudança de residência, feita por um vizinho carroceiro. Levamos todos os nossos móveis de carroça pelo bairro.

Estudei quase toda a vida em colégios particulares, pois meus pais quase se matavam para me dar boa educação. Porém, sempre era discriminado pelos colegas, pois não tinha um tênis de marca, tinha sempre alguma coisa falsificada, não comprava lanches na escola, levava sempre meus pãezinhos com manteiga.
Mas devo dizer que foi uma infância feliz e que me deu valores que jamais perderei.
Após muito bater a cabeça, conseguimos subir um pouquinho na escala social, devido a um esforço sobre-humano de meu pai atuando no comércio atacadista de alimentos. Nosso status melhorou também graças ao Plano Real e às melhorias em termos de concessão de créditos em nosso país.

Com 12 anos, já acompanhava meu pai em suas frequentes "batidas de cabeça". Aprendi muito com seus erros e acertos.
Porém, da mesma forma, aprendi a ser um super-consumista. Comprava tudo o que queria, sempre confiando em um futuro "provável" fluxo de caixa.

Iniciando a Revolução
Levando essa vida de financiamentos e consumismo, cheguei em Julho de 2006, aos 27 anos, sem quase nada!
Possuía uma moto superesportiva no valor de R$45.000,00, que eu amava, mas que estava alienada ao consórcio que eu pagava todo mês confiando em meu fluxo de caixa.
Mas algo aconteceu...

No final de Julho, tive um sonho onde meu avô, já falecido, pedia para que eu me desprendesse dos bens materiais e me mandava começar isso pela minha moto. Ele foi bem claro ao dizer que não se deve amar nossos bens materiais.
Como sou muito crente em Deus e o sonho foi bem real, decidi anunciar a minha até então, amada moto!
Estava bem difícil de vender, porque era um bem caro, estava com os impostos atrasados e alienada ao consórcio faltando ainda 29 meses para quitar.
Recebi algumas propostas e tentei fechar alguns negócios, mas parecia que Deus tinha outros planos...

O Primeiro Livro
Enquanto tentava vender minha moto, pensava também sobre o que fazer com o dinheiro que restasse em minhas mãos. Pensei em comprar uma moto mais barata, um carro, dar entrada em um financiamento de uma casa e muitas outras coisas que passam pela cabeça de uma pessoa consumista.

Nessa época, minha noiva lia um livro classificado na categoria de auto-ajuda, chamado "Casais Inteligentes Enriquecem Juntos". Ela pegou o livro emprestado com seu professor de faculdade e o leu em poucos dias. Depois que acabou de ler, cismou e insistiu que eu lesse também. Relutei no início, mas aceitei apenas para agradá-la. Pensei:
- O quê??? Eu vou ler livro de auto-ajuda e com esse nome ridículo???
Decidi ler a contra-capa e a introdução só pra dizer a ela que li.
O resultado foi que li o livro todo em um único dia!!!
O livro me abriu os olhos para enxergar um novo mundo, além daquele que eu sempre conheci. Era como se eu tivesse vislumbrado um portal que daria passagem para outra dimensão.

O engraçado é que depois que passei por essa etapa do Plano de Deus, eu consegui vender a moto rapidamente. Entendi que Deus fez tudo certinho para me mostrar que existia um caminho diferente, antes de colocar o dinheiro em minhas mãos.
Esse livro foi só o primeiro. Depois desse, comecei a ler um atrás do outro. Vi que tinha muito a aprender antes de vencer e que meu maior inimigo se chamava TEMPO!

A Pílula Vermelha
Em meio a toda aquela busca por conhecimento, me deparei com outro livro de nome "duvidoso"...
"Pai Rico, Pai Pobre"!
Realmente esse livro se compara a pílula vermelha do filme Matrix. Enquanto lia esse livro, consegui ultrapassar aquele portal que o primeiro livro tinha aberto e quando terminei a leitura, que durou apenas dois dias, já estava em outra dimensão. Um mundo cheio de possibilidades, onde nada era impossível para mim e que me levaria por vários caminhos jamais sonhados.
Depois de ler esse livro, passei a enxergar o mundo com outros olhos, tudo era novo e excitante novamente.
Digo aos que já leram esse livro e não sentiram algo parecido, para lerem novamente! Se nada mudou, é porque você não entendeu! Não se trata de fórmula mágica e nem de soluções para deixá-lo rico. O livro apenas te mostra que existe um mundo diferente daquele a que você foi condicionado a viver.
Quer vencer essa guerra? Escolha a pílula vermelha!

O Capital Inicial
Enfim vendi minha amada ex-moto!
Tive que vender com um preço um pouco abaixo do preço de mercado, pois tinha caído com ela há um tempo atrás e a carenagem estava avariada.
O cara transferiu o dinheiro para minha conta, daí eu tive que quitar as prestações que faltavam ao consórcio e os IPVA's que eu devia.

Subtraindo tudo que eu devia, terminei com míseros R$5.000,00!

Isso mesmo! Depois de pagar várias prestações de R$1.200,00 pela moto, terminei com um patrimônio de poucos reais. Daí se vê a diferença entre Ativos e Passivos.
Então em Novembro de 2006, eu tinha em minhas mãos um incrível patrimônio de R$5.000,00 e uma bicicleta!
A partir daí comecei a pensar em como começar a fazer o dinheiro trabalhar pra mim.
Era muito pouco dinheiro para uma empreitada épica, então comecei a analisar os investimentos mais simples, porém tinha que escolher os de risco mais alto, pois só assim conseguiria alavancar esse dinheiro.

Daí estes 5 mil viraram 9 mil, que se transformaram depois em 23 mil, que mais tarde passaram a ser 43 mil e pouco depois mais de 100 mil, recuando aos 5 dígitos depois de um erro que cometi e retornando aos 6 dígitos logo depois que passou a depressão.

Tudo isso e o que aconteceu depois você pode encontrar neste Blog. Navegue por suas páginas e aprenda com meus erros, acertos e minhas experiências em tempo real.
No final, tanto eu como você estaremos tão rico quanto desejamos.

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